domingo, 21 de maio de 2017

A chave da caixinha de Pandora perdida


Percebe-se, agora, que o buraco em que nos metemos com a aventura irresponsável iniciada com o impeachment é muito mais fundo do que podemos imaginar.

Neste buraco negro infindável, fraturado institucionalmente desde o ano passado, somos surpreendidos cotidianamente, e com grau de gravidade cada vez maior, com fatos cada vez mais inimagináveis se sucedendo, o que nos faz pensar que somos, de verdade, um país sem limites.

Enquanto a elite dirigente, tendo à frente PMDB, PSDB, DEM e PP, a Banca representante do capital e 1% rentista, não compreenderem ser impossível continuar sem um mínimo de consenso e união nacional, nosso país continuará em ebulição e chances reais de convulsionar. 

Com o tecido político-social-institucional em metástase, urgem reformas como a política e eleitoral, que  toquem em temas recorrentes há décadas, como o fim do foro privilegiado, do voto obrigatório, financiamento público de campanhas, cláusula de barreira progressiva, fidelidade partidária, entre outros, instrumentos sociais largamente utilizados em países civilizados. E referendo popular para convocação de constituinte exclusiva.

Devolver os destinos da Nação à sociedade brasileira que é, em última análise, quem detém o soberano e verdadeiro poder como manda a Constituição Federal em seu Artigo 1º, o único caminho a tomar para tentar pacificar o país nesse momento.  

Convocar eleições gerais já, pode ser a chave de saída perdida para se fechar a caixa de pandora aberta no início do ano de 2016, fora isso até nossa tenra democracia corre riscos.