quarta-feira, 30 de setembro de 2015

PEC da vergonha

Se realmente fôssemos um país que aprendeu que a primeira lição na vida de um político é não roubar, o primeiro ato após a descoberta de todo o lodaçal da Operação Lava Jato seria inibir doações privadas para campanhas eleitorais.  

Mas não, mesmo depois de o Supremo Tribunal Federal declarar, na última semana, a inconstitucionalidade das doações, comandados por Cunha, Renan e Temer, o Congresso articula, no apagar das luzes, a aprovação relâmpago de uma PEC que, segundo interpretações duvidosas, deverá forçar o STF a julgar a matéria novamente.    É a lei valendo apenas quando o resultado interessa a quem as faz.

Feito isso, basta um simples ministro de nome Gilmar Mendes pedir vistas do processo.  E tudo volta a ser como dantes no quartel da corrupção.  E olha que estamos falando do Supremo Tribunal Federal, instância maior do judiciário brasileiro.
 
Será que o termo “INCONSTITUCIONAL”, doravante, terá outro significado nos dicionários tupiniquins?  Alô, alô, OAB e políticos do bem, não vejo no horizonte ninguém entrar com um mandado segurança preventivo, nenhuma ADIN.
 
Pobre Brasil.  Um escárnio, uma vergonha.

Abraços Sustentáveis


Odilon de Barros

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