quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Brasileiros produzem água a partir da umidade do ar amazônico





Em meio a umas das piores crises hídricas, uma dupla de empresários brasileiros encontrou a forma ideal de driblar este problema e ainda produzir água em grande estilo. Apelidada de Ô Amazon Air Water, a água gourmet é fabricada a partir do ar, em um processo de condensação e osmose reversa. A floresta amazônica foi escolhida como fonte para o aproveitamento da umidade do ar.
Conforme informado pela A2BR – Águas do Ar do Brasil, empresa responsável pela marca e pela tecnologia, os impactos ambientais deste processo são praticamente inexistentes. Para ter a dimensão do potencial da floresta, uma árvore com 20 metros de diâmetro é capaz de produzir diariamente mil litros de água através da evapotranspiração.
O que os empresários Cal Júnior e Paulo Ferreira estão fazendo é aproveitar este montante produzido naturalmente para fabricar uma água de qualidade elevada, ideal para o consumo humano. Mesmo que a capacidade seja alta, a empresa informa que a produção será controlada. Inicialmente serão produzidas anualmente seis milhões de garrafas da Ô Amazon Air Water por ano.

Para evitar o descarte e desperdício de embalagens, a água será envazada em garrafas de vidro, podendo ser reaproveitadas e recicladas infinitas vezes. Além disso, foi tido um cuidado especial com a tampa, único item que não é fabricado em vidro. O material escolhido foi o bioplástico, um polímero a base de amido de milho, que se decompõe rapidamente no ambiente. Além disso, elas são equipadas com um compartimento especial, que abriga sementes de plantas.
Todas as garrafas vêm com um código, que permite ao consumidor rastrear o local em que a sua tampa foi plantada. Em breve, a empresa deve disponibilizar um aplicativo que disponibilizará todas as informações em tempo real.

A cidade de Barcelo, no Amazonas, foi escolhida para sediar a produção. A fábrica foi instalada reaproveitando uma antiga construção local e será equipada com produção solar, que garantirá toda a energia necessária para o seu funcionamento. Além de minimizar o impacto que seria causado por uma nova obra, a empresa também se responsabilizou pelo replantio nas áreas desmatadas do entorno.
Entre os benefícios deste projeto, um dos destaques vai para a área social. O empreendimento deve gerar 120 empregos diretos, além de criar um fundo para o desenvolvimento de projetos sustentáveis na região e a construção de um polo cultural. Ciclovivo/Utopia Sustentável

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