sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Fome de água



Nos anos 80, em momentos de extrema carência para brasileirinhos carentes, o idealizador da “Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida”, o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, dizia que somente aqueles que sentiam na pele a falta de um alimento para comer tinham a exata dimensão da dor que aquilo causava.  Concordo.

Betinho mobilizou o Brasil para um problema que atingia 32 milhões de irmãos.  Mês passado a FAO, órgão da ONU que cuida da fome no mundo, anunciou que o Brasil estava fora do vergonhoso mapa da fome no mundo.  Um agradecimento “post mortem” que o país deveria fazer ao símbolo desta luta.  Obrigado Betinho!

Faz tempo ouço histórias sobre a seca no nordeste brasileiro.  É notório que o tema jamais mobilizou o andar de cima do sul e sudeste do país. Aliás, solidariedade é uma palavra pouco usada entre nós.  Cisternas, paisagens desérticas e transposições à parte, a verdade é que nunca houve vontade política para resolver o problema, que se alimenta da pobreza oriunda de seus habitantes para sobreviver, fazendo perpetuar no poder um coronelismo (hereditário) transmitido há gerações pelos velhos caciques incrustrados na carcomida cena política brasileira.

Depois de anos assistindo à derrubada da Floresta Amazônica sem que os gritos do silêncio de uma sociedade impotente (e omissa) tenham sido capazes de influenciar uma interesseira classe política nacional, fazendo cessar o desmatamento, os resultados de nossa displicência começam a iluminar, com potentes faróis, os reservatórios secos da Cantareira e adjacências.




Em outra ponta, recente boletim da Agência Nacional de Águas (ANA), informa que o Paraíba do Sul atingiu o nível mais baixo dos últimos 84 anos, com apenas 7,4% de sua capacidade.  O problema da água, ou da falta dela, que chega com força no sudeste, resume-se à:

1-      má gestão dos recursos hídricos pelos governos estaduais (que prolongaram tomar decisões por conta de questões eleitorais);
2-      péssima comunicação dos órgãos públicos (governos federal, estadual e municipal) com a sociedade e;
3-      falta de legislação rigorosa que permita ao governo federal jogar pesado, punindo exemplarmente aqueles que destroem a floresta.

Ou entendemos que o problema não é apenas de São Paulo e começamos a agir nacionalmente racionalizando a maneira como usamos nosso bem mais precioso implementando políticas públicas realistas e sérias ou em brevíssimo tempo o sistema hídrico do país entrará em colapso.  São irresponsáveis aqueles que dizem que está tudo sob controle.

Itu, no interior de São Paulo, é a primeira cidade do estado onde a crise da água chegou forte.  Lá o cotidiano da população mudou e o que se vê é uma rotina de guerra, com ataques à caminhões-pipa, saques, conselhos populares para analisar a melhor maneira de enfrentar o problema, filas gigantes em supermercados, embates entre moradores e policiais, protestos em frente à Prefeitura, enfim.

Assim como a fome, a água é essencial à vida e a sede só é possível imaginar quem tem.  Acreditem, caos está a caminho.  Portanto, é chegada a hora de a água entrar definitivamente na agenda de prioridades nacional, com tratamento abrangente das causas e consequências de sua falta.  Se deixarmos de lado a prepotência, avançaremos bastante se aceitarmos o diagnóstico de que o desmatamento desenfreado da Amazônia, a má gestão hídrica (estadual e federal) e a falta de participação da sociedade, compõem o cenário de problemas a serem atacados, conjuntamente, sem vaidades, por todos.

Que falta você faz, Betinho.

Abraços Sustentáveis
Odilon de Barros


Rali de barcos movidos à energia solar acontece no RJ





Entre os dias 12 e 16 de Novembro, a cidade de Búzios (RJ) receberá o “Desafio Solar Brasil”. Na Orla Bardot, o evento reunirá equipes de sete estados em uma competição entre barcos elétricos movidos à energia solar.
Com o objetivo de estimular o desenvolvimento de novas tecnologias de fontes energéticas renováveis como combustível para a mobilidade, o desafio terá a participação de 23 equipes, representando os estados do Pará, Ceará, Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A iniciativa terá a participação de 300 universitários, 50 professores e orientadores envolvidos. A competição deste ano contará ainda com alunos do Ensino Médio de escolas públicas de Búzios, que terão a oportunidade de ver, na prática, alguns temas que estudam apenas nos livros. Os estudantes serão selecionados pela Secretaria Municipal de Educação, de acordo com o desempenho escolar.
O evento terá também workshops sobre telemetria e monitoramento, propulsão elétrica, geração de energia elétrica a partir de placas solares, smart grid, assuntos relacionados à geração de energias renováveis, medição inteligente, engenharia elétrica, mecânica, eletrônica e naval, consumo consciente de energia, além de preservação ambiental e desenvolvimento sustentável.

Foto: Divulgação
O evento, que está na sua 6ª edição, é uma versão brasileira do Frisian Solar Challenge, realizado na Holanda - considerado o principal evento europeu para embarcações solares. O desafio é promovido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em parceria com a concessionária Ampla e com o apoio da Prefeitura de Búzios e incentivo da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer do Rio de Janeiro.
A cidade também receberá, nos dias 17 e 18 de Novembro, o 4º Encontro Endesa Brasil de P&D e Eficiência Energética, que promoverá discussões com especialistas sobre o setor elétrico. Búzios é sede do projeto “Cidade Inteligente Búzios”, uma iniciativa de pesquisa e desenvolvimento da Ampla que estuda a integração entre as tecnologias de redes inteligentes e a sociedade. Ciclovivo/Utopia Sustentável

Contêineres são transformados em moradia popular no Reino Unido




A falta de moradia é um problema presente em todo o mundo. De acordo com o último levantamento da ONU sobre o tema, feito em 2005, havia cem milhões de pessoas desabrigadas em todo o mundo. Mas, a especulação é de que o número atual seja o dobro disso. Para resolver este problema, ou pelo menos parte dele, a Brighton Housing Trust, uma organização britânica, criou moradias temporárias feitas em contêiner.
O projeto foi desenhado pelos arquitetos do escritório QED, inspirado em construções comuns na Holanda. O complexo possui 36 apartamentos em contêineres e está instalado em um antigo depósito de sucatas de metal no centro da cidade de Brighton, na costa sul do Reino Unido.

Foto: Divulgação
Em declaração ao site World Architecture News, o diretor da QED, Ross Gilbert, explicou que a experiência tem sido bem sucedida e que os moradores se mostram bastante satisfeitos com a estrutura. A confirmação desta informação veio através de uma pesquisa realizada pela socióloga Juliet Amoruso, da Universidade de Sussex. Entre os moradores, 94% deles disseram que a moradia é melhor do que o local em que eles se abrigavam antes. Os três itens que eles mais gostam são: ter a própria cozinha, a porta da frente e chuveiro.

Foto: Divulgação
O conjunto habitacional também conta com outras iniciativas para proporcionar melhores condições de vida aos moradores. Existe uma horta coletiva e são realizadas festas de confraternização para estimular a interação entre os vizinhos, assim como em qualquer outro condomínio.

Foto: Divulgação
Gilbert explica que o maior desafio do projeto são os gastos com energia. Mesmo estando no litoral, Brighton é um local que sofre com as baixas temperaturas no inverno e os picos de calor no verão. Por ter a base inteira em contêineres, o conforto térmico só é possível com o auxílio de sistemas de calefação, que acabam elevando os gastos com eletricidade. Mas, a equipe já estuda análises da qualidade térmica interna para encontrar formar mais eficientes de prover as condições ideais. CicloVivo/Utopia Sustentável

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Brasileiro cria vaso sanitário que gasta apenas 2 litros por acionamento





As tecnologias que reduzem o desperdício de água em residências estão cada vez mais aprimoradas. Descargas com vasão dupla já são comuns, mas o empresário brasileiro Leonardo Lopes criou um modelo ainda mais eficiente. O vaso sanitário desenvolvido por ele utiliza apenas dois litros de água a cada acionamento.
O modelo é comercializado pela Acquamatic e permite a economia de até oito litro a cada acionamento, se comparado aos modelos tradicionais. Segundo o empresário, um dos segredos para a eficiência é a ausência de sifão. Assim, um basculante despeja os dejetos diretamente na prumada do esgoto. Ele ainda explica que tudo acontece pela própria dinâmica da água, sem a necessidade do uso de eletricidade.

Foto: Divulgação
Enquanto os sanitários tradicionais gastam um litro de água para evitar o mau cheiro, o modelo desenvolvido por Lopes usa apenas 200 ml. Tamanha eficiência rendeu o selo hídrico ao produto. Outro diferencial foi o uso do polímero ABS na fabricação, mais resistente do que a louça utilizada nos vasos comuns.
A matéria-prima reduz os níveis de poluição durante toda a fase de produção e descarte. O modelo também é altamente resistente, suportando até 1,5 tonelada, conforme informado pelo fabricante.
CicloVivo/Utopia sustentável

Harley-Davidson vai plantar 50 milhões de árvores em todo o mundo até 2025



A Harley-Davidson, em parceria com a The Nature Conservancy, está mobilizando sua comunidade global de motociclistas para levantar fundos com o intuito de plantar 50 milhões de árvores em todo o mundo até 2025 como parte de sua iniciativa, chamada Renew the Ride™.
Com a ação, a empresa encoraja seus clientes e concessionárias a dedicar tempo e realizar doações em prol da ONG, cuja missão é conservar plantas, animais e comunidades naturais que representam a diversidade da vida na Terra, protegendo espaços que necessitam para sobreviver. Como parte dessa iniciativa, a Fundação Harley-Davidson se comprometeu a contribuir com uma série de subsídios anuais, totalizando US$ 550 mil em apoio ao programa que prevê o plantio de um bilhão de árvores em todo o mundo.
“Estamos empenhados em preservar o caminho aberto para as gerações futuras de pilotos. Nossa parceria com a The Nature Conservancy nos dá uma oportunidade de mobilizar a nossa comunidade global para ajudar a cumprir com esta missão”, informou Mark-Hans Richer, vice-presidente de Marketing da Harley-Davidson Motor Company.
O programa de plantar um bilhão de árvores é uma iniciativa que já reflorestou mais de 57 km2 de área e plantou e restaurou mais de 14 milhões de árvores na Mata Atlântica, localizada na região costeira do Brasil, desde 2008. O objetivo é restaurar as florestas mais críticas do mundo, com especial atenção à Mata Atlântica, as províncias de Yunnan e Sichuan, na China, além de áreas nos Estados Unidos.
“Nosso País possui belas paisagens que são um convite para um passeio de moto, por isso, estamos muito entusiasmados por contar com este programa global da Harley-Davidson aqui no Brasil. Estamos planejando ações com as nossas concessionárias e clientes para o futuro próximo e fazer desta ação mais um sucesso,” afirma Flávio Villaça, gerente de Marketing, Produto e Relações Públicas da Harley-Davidson do Brasil. Ciclovivo/Utopia Sustentável

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Se quisessem, Estados Unidos e China inclinariam a balança climática




acero Se quisessem, Estados Unidos e China inclinariam a balança climática
Fábrica de cimento Saint Mary’s, em Dixon, Estados Unidos. A indústria do aço da China é muito menos eficiente do que a norte-americana, ao contrário do que ocorre com a produção de cimento. Foto: Wayne Wilkinson/ CC BY 2.0

China e Estados Unidos são responsáveis por 35% das emissões mundiais de dióxido de carbono (CO2), mas se adotassem melhores práticas de eficiência energética poderiam ajudar a limitar o aumento da temperatura mundial em cerca de dois graus, segundo um novo estudo. Embora o uso de energia tenha disparado na China nos últimos 20 anos, o norte-americano médio consome quatro vezes mais eletricidade do que o chinês.
Mas quando se trata da eficiência energética, a indústria do aço chinesa é muito menos eficiente do que a norte-americana, ao contrário do que ocorre com a produção de cimento, segundo uma nova análise da organização Climate Action Tracker sobre o uso e a economia potencial de energia na produção de eletricidade, no setor industrial, nos edifícios e no transporte nos dois países.
Se China e Estados Unidos adotassem as melhores práticas de eficiência utilizadas no mundo, “ambos estariam no caminho correto para manter o aquecimento global abaixo dos dois graus”, afirmou Bill Hare, cientista do clima da organização alemã Climate Analytics. Os dois países devem “reduzir drasticamente” o uso de carvão, apontou.
Neste momento, nenhum dos dois lidera em nenhum setor a mitigação da mudança climática, segundo a análise. A Climate Action Tracker é uma colaboração entre a Climate Analytics, a Ecofys e o Instituto de Potsdam para a Pesquisa sobre o Impacto Climático. “Nos fixamos em qual seria o rendimento dos Estados Unidos e da China se adotassem uma das duas melhores práticas na produção de eletricidade, no setor industrial, nos edifícios e no transporte. Descobrimos que isto, por si só, os colocaria em um rumo melhor”, explicou Niklas Hohne, da Ecofys.
Uma das razões de os Estados Unidos terem um uso de energia por habitante 400% maior é que o espaço residencial dos norte-americanos duplica o da China, enquanto os edifícios chineses geralmente consomem muito menos energia. “Os prédios da China não são os mais eficientes, mas, no geral, são mais novos e utilizam menos ar-condicionado e calefação do que nos Estados Unidos”, pontuou Hohne.
Mas, segundo o estudo, o consumo energético no setor industrial chinês está aumentando significativamente. Se os dois países adotassem o padrão da União Europeia (UE), haveria enormes reduções. Outra razão de peso do maior uso de energia nos Estados Unidos é que a propriedade de automóveis é dez vezes maior do que na China. Além disso, esta tem menos emissões por veículos devido às suas leis, um pouco mais rígidas. Novamente, se ambos adotassem as melhores práticas mundiais, como o aumento, na Noruega, da cota de carros elétricos, poderia haver uma diferença importante.
China e Estados Unidos são muito diferentes, mas poderiam aprender um com o outro, opinou Michiel Schaeffer, da Climate Analytics. Poderiam ocupar uma posição de autêntica liderança se adotassem as melhores práticas do mundo, acrescentou. “No momento não estão liderando” neste campo, ressaltou. O tempo não está do lado de ninguém. As emissões mundiais de carbono continuam aumentando ano a ano e, se não chegarem a um máximo e começarem a baixar nos próximos dois ou três anos, será extremamente difícil e caro impedir que a temperatura do planeta aumente acima dos dois graus.
As temperaturas subiram 0,085 grau até o momento, o que está ligado a milhares de milhões de dólares em danos e a fenômenos meteorológicos extremos que afetam dezenas de milhões de pessoas, com vem informando a IPS.
Se China e Estados Unidos adotassem as melhores práticas mundiais no uso de energia, até 2020 as emissões norte-americanas cairiam 18% abaixo do nível de 2005, cerca de 5% menos do que os níveis de 1990. As da China alcançariam seu ponto máximo no começo da próxima década. Isso fecharia a brecha das emissões em quase 25%. A brecha de emissões é a quantidade de reduções de carbono, além dos atuais compromissos, necessárias antes de 2020 para o aquecimento permanecer abaixo dos dois graus.
A UE é claramente líder mundial na redução das emissões que afetam o clima, com mais de 20% até 2020, em comparação com 1990. Este mês o bloco europeu se comprometeu a reduzi-las em pelos menos 40% até 2030.
Outra análise da Climate Action Tracker, de junho deste ano, dizia que os Estados Unidos e outras economias avançadas, conhecidas como os países do Anexo I dos tratados climáticos da Organização das Nações Unidas (ONU), deverão reduzir seus orçamentos de carbono entre 35% e 55% até 2030, para deixarem de usar combustíveis fósseis em 2050, aproximadamente.
Essas datas podem parecer distantes, mas a realidade é que não se poderá construir infraestruturas que consumam carbono, como casas, veículos, centrais elétricas, fábricas e outros, depois de 2018. As únicas exceções seriam para substituição da infraestrutura existente, segundo recente estudo do que se chama os compromissos de carbono. A construção de uma casa com calefação a gás hoje em dia implicará que emitirá CO2 este ano e ficará comprometida ao uso de mais CO2 a cada ano que se utilizar.
Se o crescimento econômico se mantiver como agora, a nova infraestrutura planejada e construída nos próximos cinco anos comprometerá o mundo ao emitir CO2 suficiente para superar o quantidade máxima CO2 que pode ser emitida para se permanecer abaixo dos dois graus. Depois de 2018, a única opção será o fechamento das usinas de energia e outros grandes emissores antes da conclusão de sua vida útil.
Todo plano ou estratégia para reduzir as emissões de CO2 tem que dar mais prioridade aos investimentos em infraestrutura. Neste momento as estatísticas revelam “que estamos utilizando mais combustíveis fósseis do que nunca”, destacou Robert Socolow, da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, e coautor do estudo. “Escondemos de nós mesmos o que está acontecendo: os investimentos de capital no mundo estão assegurando um futuro de alto consumo em carbono”, advertiu. Envolverde/IPS/Utopia Sustentável

Moradores são pagos para andarem ou pedalarem em cidade na Noruega





A administração da cidade norueguesa Lillestrøm realizou pagamentos aos moradores que andavam ou pedalavam em uma determinada via da região. A ideia surgiu para incentivar a população a deixar os carros em casa.
O valor de cerca de 35 reais foi pago apenas por algumas horas – tempo suficiente para não levar a cidade a falência. Baseado no sistema que eles chamaram de “pedágio inverso”, a iniciativa recompensou os que optaram pelo transporte alternativo.
Por meio de uma agência de saúde, foi realizada uma pesquisa que levantou alguns dados interessantes em relação à economia da cidade. Os dados mostravam que os modelos de transporte mais ativos são melhores financeiramente para o governo: economia de oito dólares por quilômetro via caminhada e quatro dólares por quilômetro via pedaladas.
Esses números foram usados durante a campanha realizada em uma ciclovia da cidade, que buscou incentivar o uso da bike. O prefeito da cidade, Ole Jacob Flætene, entendeu que, além da questão da saúde, do alívio no sistema de transporte e das questões ambientais, fazer os moradores refletirem sobre o uso da bike e da caminhada como meio de transporte pode trazer um bom retorno financeiro.
A cidade está construindo uma rede de ciclovias e uma série de estações de carregamento para carro movidos a hidrogênio, segundo o FastcoExist. CicloVivo/Utopia Sustentável 

O renascer do jornalismo de qualidade




jornalismomidia O renascer do jornalismo de qualidade
O jornalista está em um momento especial de libertação das grandes mídias, como ator principal em novos meios que podem chegar a milhões de pessoas com a velocidade de um click. Foto: Reprodução/Internet
Uma das principais garantias para a construção e manutenção da democracia é o jornalismo de qualidade, comprometido com fatos e dados relevantes para a sociedade
O jornalismo costuma ser a primeira vítima das ditaduras. A censura e a mentira são armas utilizadas por forças autoritárias, de direita ou de esquerda, para manter o controle da sociedade. Durante mais de 20 anos no Brasil o jornalismo esteve no centro da resistência ao autoritarismo, com publicações “alternativas” defendendo bandeiras específicas, como os jornais Movimento, Ex, Mulher, CooJornal, Pasquim, Lampião e muitos outros já registrados em livros e documentos históricos. Além disso, mesmo jornalões como O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde tiveram seus capítulos de oposição, assim como a Veja, que um dia foi muito diferente do que é hoje, sob a batuta do jornalista Mino Carta e uma valorosa equipe de profissionais.
No entanto, nem só de patrões venais é feito o mau jornalismo. Jornalistas descomprometidos com a sociedade e que buscam apenas a fama da bazófia fazem da profissão um exercício inútil e sem relevância. Nesse novo momento da democracia brasileira o jornalismo de qualidade precisa ressurgir das cinzas em que foi lançado durante a campanha eleitoral e reassumir um papel relevante como guardião da democracia. Agora que as eleições foram decididas, manda a democracia que quem venceu governe e quem perdeu assuma a oposição responsável, com foco maior em políticas públicas, lambendo as feridas partidárias na espera por um novo pleito.
O jornalismo comprometido precisa ajudar na recomposição das teias sociais e políticas sem o peso do partidarismo. É preciso que jornalistas reassumam a vanguarda informativa tomada de assalto pelas redes sociais durante a campanha eleitoral. O momento é outro, de formação de opinião não mais sobre propostas, mas sobre ações que deverão repercutir no cotidiano da cidadania.
Talvez seja bom, também, lembrar que o jornalista está em um momento especial de libertação das grandes mídias, como ator principal em novos meios que podem chegar a milhões de pessoas com a velocidade de um click. Essa libertação transforma os profissionais em grifes, em referências onde os leitores buscam uma “certificação” da informação que está sendo divulgada.
Acabou a campanha, é preciso trabalhar pela boa governança do Estado e da democracia, e isso somente é possível com fatos e versões comprometidos com a sociedade brasileira e não mais apenas com bandeiras partidárias. O bom jornalismo foi uma das vítimas da campanha presidencial, no entanto, para o bem do Brasil, é melhor que esteja apenas combalido e não mais um corpo estendido no chão.
Dal Marcondes é jornalista, diretor da Envolverde e especialista em meio ambiente e desenvolvimento sustentável.
** Publicado originalmente no site Carta Capital.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Reconciliar-se com o povo. Uma tarefa nada fácil



A eleição acabou, porém, em vez de ficarmos felizes por conta da prevalência do desejo da maioria ter sido retratado nas urnas, da democracia ser a grande vitoriosa e de apesar dos percalços saber que caminhamos para a frente, o que vemos é um transbordar de preconceitos contra os menos favorecidos, ódio e até um certo golpismo. 

Agora, cabe à primeira mandatária da Nação esperar a poeira baixar e aproveitar o discurso de união proferido logo após o TSE reconhecer sua vitória e, juntamente com o PT, e antes mesmo do que proporá fazer no âmbito externo, se voltar para o partido e propor uma profunda reforma interna, cortar na carne.  Poderia começar propondo, como o partido da situação da Espanha, a expulsão dos vários caciques petistas com sentenças transitadas em julgado, algo previsto em seus estatutos.  

Questão de sobrevivência.  As urnas deram o recado, subestimar estes sinais dando de ombros e vida que segue, poderá ser o início do fim.  Ou o nascimento de um outro PMDB.  É necessário, ainda, o partido entender que após tantos anos, vários maus hábitos tornaram-se vícios (venais) e é preciso corrigi-los, antes que o povo canse.  Cadeiras de deputados (estaduais e federais) e senadores já lhes foram subtraídas no pleito que se encerra.




A eleição teve momentos interessantes de aprendizado.  Com a expectativa de derrota vi muitos que apenas observavam a campanha se engajarem e passarem a trabalhar pela vitória petista.  A tal galera da meia-idade (olha eu aí) e o Estado do Rio de Janeiro estão de parabéns.  Outro fato a ser estudado melhor foi a derrota imposta duas vezes pelo PT a Aécio, em Minas.  Apesar de tudo somado fazer parte do conjunto de razões que derrotou o PSDB, acredito que a derrota em seu estado tenha sido o principal motivo do tucano ter perdido a eleição. 

As urnas deram uma segunda chance ao PT de retornar às suas origens, à ética, à moralidade pública, apesar de todos os escândalos que assolaram o país nos últimos anos.  Na política, descrédito e desconfiança, são itens básicos difíceis de serem removidos quando atingem o eleitor.

O medo de uma derrota iminente por ambas as partes pode, mesmo que acanhadamente, ter unido novamente o binômio “povo/partido”.  Porém, como ator fundamental na vitória, a massa, antes arredia a entrar na campanha, ficará, agora, mais atenta a deslizes.

Como em um relacionamento onde uma das partes trai a confiança da outra, resta saber se os próximos passos do errante Partido dos Trabalhadores, serão no sentido de fazer as pazes com seu eleitorado, provar que mudou e seguir caminhando, fazendo uma justa reforma fiscal, previdenciária e política, dando a importância desejada e necessária ao meio ambiente e à universalização dos direitos à boa educação e à saúde. 

Se assim for, terá valido à pena.

Abraços Sustentáveis

ODILON DE BARROS



Projeto que alia inclusão digital e reciclagem de eletrônicos ganha prêmio internacional




fabrica verde ecod Projeto que alia inclusão digital e reciclagem de eletrônicos ganha prêmio internacional
Computadores reformados na Fábrica Verde na comunidade de Nova Brasilia. Fotos: Ascom SEA

O projeto Fábrica Verde, desenvolvido pela Secretaria Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro em comunidades do estado, recebeu, em Paris, na França, a certificação Climate Actions Leader, concedida pela organização não governamental (ONG) R20 – Regions Climate Action, criada pelo ator e ex-governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, e outros líderes mundiais e que é apoiada pela Organização das Nações Unidas (ONU).
O Fábrica Verde reduz a geração do lixo eletrônico e faz a capacitação profissional de jovens na montagem e recuperação de computadores a partir de peças e equipamentos descartados. Os computadores que são reformados ou montados pelos alunos, com peças dos equipamentos antigos, são doados para telecentros e para pesquisa escolar dos moradores das comunidades. Na avaliação do secretário de Estado do Ambiente, Carlos Portinho, o projeto contribui com a economia verde, estimulada pela R20, e qualifica jovens em situação de vulnerabilidade, indicando, para eles, um caminho com geração de renda.
Em 2014, o Fábrica Verde passou de cinco para 14 núcleos na capital, na Baixada Fluminense e no interior do Rio de Janeiro e formou 1.097 pessoas. A expectativa é que, até o fim do ano, mais 510 alunos completem os cursos. Em dois anos, o maior núcleo do projeto, que é o da Rocinha, formou 620 pessoas e reaproveitou 660 micros que seriam descartados.
Na sexta-feira, 24 de outubro, Portinho dividiu a premiação com os integrantes dos 14 núcleos em uma cerimônia para celebrar a certificação na sede do Projeto EcoModa Rocinha. Cada um deles recebeu uma réplica do certificado R20. O secretário espera que agora, com o reconhecimento internacional, o projeto possa atrair grandes empresas.
Reconhecimento internacional
“Que a gente possa buscar a parceria de empresas do ramo de telecomunicações, de informática, uma Google, uma Apple ou uma Microsoft. Qualquer empresa que queira associar a sua marca a um projeto que tem um reconhecimento internacional de sustentabilidade. O projeto Fábrica Verde não só contribui na reciclagem nos equipamentos de informática, como os jovens que participam têm aulas de informática e de montagem e saem capacitados e os produtos que eles constroem podem atender às comunidades”, destacou.
fabrica verde2 Projeto que alia inclusão digital e reciclagem de eletrônicos ganha prêmio internacional
A coordenadora da Fábrica Verde Rocinha, Cíntia Porto, destacou que estava feliz em saber que o projeto agora é reconhecido internacionalmente. “A Fábrica Verde Rocinha tem dois anos e meio e estamos formando a oitava turma. Já passaram por aqui 620 alunos. Com o projeto conseguimos mudar muita coisa na comunidade, além das aulas de montagem e manutenção na fábrica, a gente tem vários parceiros que trabalham com a gente para oferecer bem-estar na comunidade”, disse.
Questão ambiental
Na avaliação do coordenador da Fábrica Verde da Chacrinha, Alisson Lima de Souza, é importante também levar em consideração a questão ambiental. “Já trabalhamos com mais de 400 alunos, todos do entorno da comunidade. Estamos felizes porque conseguimos trabalhar com esses alunos e dar oportunidade para eles terem uma profissão. Em contrapartida, o projeto também trabalha com a questão ambiental. Temos a preocupação de passar não só as questões técnicas, como as ambientais”, completou.
Agora o projeto Fábrica Verde vai estender a inclusão digital para pessoas da terceira idade. Já foram abertas as inscrições para aulas de informática no núcleo no Morro da Chacrinha, na zona norte do Rio.* Publicado originalmente no site EcoD.

O futuro das grandes cidades, mantido o rumo atual, não tem nada de otimista




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Quando discutimos a cidade, “é da vida, do tempo perdido, mas também da morte, literalmente, que estamos tratando”, critica Ermínia Maricato, professora titular da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP). Foto: shutterstock

“É a questão urbana, estúpido!”, foi o título do artigo que Ermínia Maricato, professora titular da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), entregou para a compilação de artigos “Cidades Rebeldes”, publicada na ressaca de junho de 2013 pela Boitempo Editorial. A escolha do título, uma paródia da frase do publicitário político americano James Carville, revela o tom adotado por Maricato para se fazer escutar: crítica, certeira e bem-humorada.
Durante sua fala no Simpósio Urbanismo Ecológico, organizado pela Harvard School of Design, no Centro Cultural Vergueiro, no dia último dia 14, a urbanista criticou a gestão das cidades e seus recursos nos últimos anos e apontou cenários nada animadores.
Indignada com a falta de água em São Paulo e com a divisão entre a “a cidade que não importa” e a “cidade especulativa e rentista”, Maricato voltou a sua tese de que uma Reforma Política ampla é essencial para pensarmos um novo modelo de cidade. Afinal, entre os maiores financiadores de campanha estão as empreiteiras e construtoras, que depois “irão cobrar favores”.
A proeminência da questão urbana, jogada em segundo plano nas eleições é, para ela, algo lamentável. Quando discutimos a cidade, “é da vida, do tempo perdido, mas também da morte, literalmente, que estamos tratando”. Após sua palestra, o Portal Aprendiz conversou com a urbanista.
Portal Aprendiz: Você fez uma fala bem pessimista…
Ermínia Maricato: Sim, mas no final eu fui até otimista.
Portal Aprendiz: É verdade, mas qual é a sua visão a respeito do futuro das grandes cidades brasileiras?
Ermínia: O futuro das cidades brasileiras, especialmente das metrópoles, mantido o atual rumo não tem nada para alimentar o otimismo. O que nós tivemos foram mais de duas décadas sem investimentos – por conta da ideologia neoliberal e pela crise fiscal no Brasil. Quando o investimento vem, como na primeira década desse século, ele chegou na habitação, saneamento e transporte, mas tivemos um assalto dos capitais sobre a cidade.
Mas que assalto é esse? Em primeiro lugar, o setor imobiliário e de construção de infraestrutura, que estão muito ligados ao financiamento de campanhas eleitorais. E isso não só na esfera federal, mas também no plano municipal. Nós sabemos que a bancada do setor imobiliário é muito forte no Congresso Nacional, uma das maiores. Em segundo lugar, crescer as taxas de emprego infelizmente significa apoiar a indústria automobilística. No mundo inteiro, com exceção da Dinamarca, é assim. E no Brasil isso significou uma tragédia para as cidades.
Nós somamos e acumulamos obras inadequadas, rodoviaristas, desnecessárias e superfaturadas. O resultado? Hoje temos o dobro da quantidade de automóveis nas ruas que tínhamos há dez anos. E tudo isso sem a reforma fundiária que está prevista na legislação brasileira. O mais incrível é que o Estatuto da Cidade, a Constituição de 1988 e toda legislação federal que conquistamos recentemente são desconhecidas pelo judiciário.
Não fosse junho de 2013 eu estaria muito pessimista com o futuro das cidades. E é preciso lembrar para quem culpa a Dilma por tudo que a questão metropolitana é de responsabilidade estadual e a questão urbana – uso do solo, transporte, saneamento – é municipal. É uma questão federativa e estamos órfãos de pai e mãe.
Portal Aprendiz: E o Plano Diretor Estratégico (PDE) de São Paulo mencionado por você. Ele pode ser considerado um ponto de inflexão, uma garantia de regulação?
Ermínia: O PDE não garante nada, ele é uma ajuda, mas não é suficiente. Lei nesse país não significa conquista definitiva. O que precisamos é que ele seja implementado. Como esse foi conquistado com mobilização social – e eu falo tranquilamente que temos em São Paulo um governo honesto e bem intencionado -, temos alguma chance de fazer algo na cidade. Não é a única via, mas temos uma chance de melhorar a vida de uma cidade muito, muito, muito prejudicada.
Portal Aprendiz: E como São Paulo vai sobreviver à questão da falta d’água?
Maricato: A nossa mídia está agindo contra o interesse público – disso não resta a menor dúvida. Ela está desinformando a população e isso pode virar uma tragédia de proporções inimagináveis. O que me assusta é que a sociedade não está sendo informada sobre o que está acontecendo com os recursos hídricos e só sente quando a água falta na torneira, o que acontece sempre primeiro na periferia. Mas agora essa realidade está chegando no centro e nos bairros ricos. A população é tratada como idiota e é totalmente manipulada pela falta de informações. Ninguém sabe o que fazer. Publicado originalmente no site Portal Aprendiz.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Jornalismo como garantia da democracia




Politica e Democracia para jovens Jornalismo como garantia da democracia
Foto: danijelala / Fotolia.com

A Envolverde acredita que o jornalismo deve manter o olhar atento sobre a política, de forma a oferecer à sociedade a mais correta informação de suporte à governança.
O jornalismo de qualidade é a melhor garantia para uma democracia plural e capaz de oferecer caminhos para uma sociedade megadiversa como a brasileira. Uma mídia diversificada, capaz de olhares múltiplos e atentos sobre cada nuance da economia, da política e da ação social é necessária para que o Brasil seja capaz de assumir suas responsabilidades frente às diferenças regionais. Da diversidade vem a riqueza da sociedade brasileira e para unir esse valor e dar unidade a uma nação relevante no planeta, é preciso que essa sociedade tenha acesso à informação e conhecimento qualificados e não apenas a opiniões e dados desencontrados no ambiente das mídias sociais.
O compromisso do Portal Envolverde nesse momento de reafirmação da teia social é oferecer um jornalismo plural, capaz de contextualizar demandas sociais, econômicas e ambientais que são parte da realidade brasileira e global. Passado o momento eleitoral as forças capazes de alavancar o Brasil em direção ao futuro precisam se recompor e buscar a colaboração necessária para enfrentamentos urgentes em áreas como educação, mudanças climáticas, macroeconomia, urbanismo e para a construção e adequação de modelos que garantam a qualidade de vida dos brasileiros e a liderança do país, por exemplo, em áreas onde a biodiversidade é um magnífico capital.
A democracia não pode prescindir de uma sociedade bem informada e de um jornalismo comprometido com fatos e versões capazes de compor uma teia de conhecimento sobre a realidade. O exercício cotidiano do jornalismo, da busca por dados, fatos e opiniões relevantes para que a sociedade empreenda em direção ao futuro é a missão do Portal Envolverde desde 1996, quando pela primeira vez foi publicado na internet.
O jornalismo da Envolverde conta com o apoio de profissionais, organizações e empresas que veem na informação um fator transformador da sociedade e capaz de fomentar o debate e o empreendedorismo em direção a um futuro desejável, onde a economia sirva à sociedade e o Estado tenha o papel de prover os serviços fundamentais à qualidade de vida e ao desenvolvimento.
Envolverderestrospectiva Jornalismo como garantia da democracia

O olhar atento de jornalistas que tem na informação correta o ideal de uma profissão já definida como o “Quarto Poder” é parte de uma rede garantidora da liberdade e capaz de inibir malfeitos. Mais do que isso, a informação é a base da construção de uma institucionalidade com foco na boa governança do Estado e na garantia dos direitos da cidadania.
O jornalismo brasileiro já demonstrou em outros momentos cruciais da história sua capacidade de oferecer informação relevante e transformadora. Agora é preciso reconstruir essa capacidade e se afastar da crítica fácil, da piada pronta, da bazófia e reconquistar os espaços de mídia para a tarefa fundamental de apoiar a cidadania e o empreendedorismo estruturante de um novo modelo de desenvolvimento.
O jornalista, profissional que nos últimos anos tem sofrido ataques e a tentativa de desconstrução de sua relevância para a sociedade, precisa reagir, resgatar o ideal do informar, do investigar, do confrontar ideias, dados e fatos que permitam aos empreendedores políticos, econômicos e sociais a estruturação de suas ações.
O profissional de jornalismo vive um momento mágico. Alguns anos atrás para o exercício da profissão era necessário um volume imenso de capital que pudesse construir e manter mídias convencionais como jornais, revistas ou emissoras de rádio e TV. Hoje essa realidade está em transformação. A sociedade busca suas informações em outros canais. Cabe ao jornalista se impor nesse cenário como garantidor da informação de qualidade.
É nesse ambiente de transmutação que a Envolverde surgiu e cresceu e busca se manter relevante para o diálogo necessário para a governança desse país continental que carrega o nome de árvore e uma das maiores diversidades geográficas,  ambientais e humanas do planeta.
O bom jornalismo é fundamental e estruturante para o Brasil dos próximos. O Portal Envolverde seguirá na trilha de sua missão, que é “Ampliar o conhecimento social da sustentabilidade através do jornalismo e da comunicação e ser parte de um processo transformador da sociedade em direção à uma economia sustentável”. (Envolverde)