violencia 300x225 Em briga de marido e mulher se mete a colherCerca de 70% das mulheres no mundo sofrem algum tipo de violência no decorrer de sua vida, segundo dados da ONU. Estes números evidenciam que, apesar de estarmos no século 21, ainda sobressaem mentes retrógadas e machistas. A violência de gênero caracteriza-se não somente pela agressão física e sexual, mas também verbal, podendo causar danos emocionais e psicológicos à vítima e aos familiares.
Segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mulheres jovens são as principais vítimas, e as agressões ocorrem principalmente na rua, com 31%, contra 29% em domicílio e 25% em hospital ou outro estabelecimento de saúde. No Brasil, estima-se que, entre 2009 e 2011, o país registrou 16,9 mil mortes de mulheres por conflito de gênero, ou feminicídios, quando há morte de mulheres em razão de seu sexo.
Sobre este assunto o Dr. Angelo Carbone, advogado especialista em defesa da mulher e da criança, lança o Manual de Sobrevivência da Mulher, baseado em casos já vivenciados em seu escritório. Distribuído gratuitamente, o guia não só orienta as mulheres, mas também todos os que sofrem com agressões que se enquadram, ou não, na Lei Maria da Penha, como crianças, idosos e gays.
Em sua segunda edição, agora mais completa, o manual dá diretrizes claras e mostra que a busca pelos direitos pode ser menos burocrática do que se imagina. “As mulheres podem se defender sem necessidade de um advogado particular”, enfatiza Carbone. Ele explica que a vítima pode buscar ajuda na delegacia do bairro, na delegacia da mulher ou em um fórum mais próximo.  por Juliana Guarexick, da Envolverde