quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Bicicletas feitas de impostos


Você sabia que 72,3% do valor da sua bicicleta é imposto? Esse dado assustador é parte de um estudo realizado por uma consultoria para a rede Bicicleta para Todos. Foi assim dada a largada em uma corrida contra os altos impostos aplicados sobre esse tipo de modal: a rede Bicicleta para Todos conta, já no início de sua operação, com mais de 120 entidades e empresas que buscam ampliar o acesso de brasileiros à bicicleta, seja como meio de transporte, lazer ou prática esportiva.

Os números falam por si: o Brasil é o 3º maior produtor de bicicletas no mundo, perdendo apenas para a China e para a Índia. Mas quando os dados vão para o consumo per capita, a queda é brusca. Vamos para a 22ª colocação, o que significa um mercado emergente e um potencial de crescimento enorme. Mas esse crescimento é claramente prejudicado pela alta incidência de impostos, que recai principalmente em brasileiros que têm renda familiar de até R$600 – um terço dos que utilizam a bicicleta como meio de transporte no Brasil.
As saídas existem e não são tão distante daquelas que já são aplicadas aos automóveis, por exemplo. A isenção do IPI (Imposto sobre produtos industrializados) para bicicletas, elevaria o consumo formal de bicicleta em 11%. Isto significaria mais bicicletas nas ruas, mais qualidade de vida, menos congestionamentos e, ainda, maior arrecadação para os cofres públicos.
Colabore com a mobilidade urbana de sua cidade: repense seus hábitos, cobre seus direitos e saia pedalando por aí!* Publicado originalmente no site Greenpeace. Por Danielle Bambace