sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Juiz Cordioli e Deputado Donadon: dois brasileiros distintos


Se queremos um país mais justo, com qualidade de vida, sustentável e ético, deveríamos dar apoio e prestar solidariedade ao Juiz Fernando Cordioli, da Comarca de Otacílio Costa, cidade distante 250 Km de Florianópolis que, por sua atuação firme no combate aos Coronéis da política local, foi afastado em função de pedido aprovado por 49 dos 62 desembargadores do estado que solicitaram, ainda, exame de sanidade mental do magistrado.  Motivo: a firmeza no trato da coisa pública.

O exame, tornado público pelo magistrado, atestou: “não detectamos no periciado Fernando Cordioli Garcia qualquer diagnóstico psiquiátrico primário ou secundário, bem como a presença de alterações comportamentais, mentais ou emocionais que o impeçam de ser considerado ampla e irrestritamente responsável pelos seus atos e suas consequências”. 

Entre os famosos casos julgados e sentenciados pelo Juiz Cordioli estão o leilão de dois carros do Prefeito em praça pública por conta de condenação por desvio de dinheiro público e de um terceiro que o Prefeito desobedeceu e viajou, sendo interceptado na estrada pela patrulha da polícia rodoviária e ficou a pé no acostamento;  em um processo ambiental, ordenou à Fundação de Amparo do Meio Ambiente a derrubar a casa de um vereador erguida em área de preservação.  Como a ordem judicial não foi cumprida, Cordioli fez o serviço com a ajuda de um operário.  Entre outros.

Esta semana o Congresso Nacional jogou a última pá de lama que faltava para encobrir a já combalida credibilidade do Legislativo brasileiro que, ignorando uma condenação de treze anos imposta pelo STF, livrou da cassação o deputado sem partido, sem moral, sem ética e ladrão, Donadon.  Rimou?  

Sem dúvida, constrangedor.  Na luta dos loucos(com moral e ética)contra os normais(ladrões), temo que os loucos estejam perdendo de goleada.

Para alcançar o tão almejado Brasil sustentável, decente e que sirva de exemplo para as futuras gerações, é bom começarmos a rasgar dinheiro em praça pública.

Abraços sustentáveis

Odilon de Barros