segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Continuamos sendo desrespeitados


Apesar de os EUA afirmarem não estar por trás da interceptação (para um absurdo interrogatório de nove horas) de David Miranda, companheiro do jornalista americano Glenn Greenwald, que foi até a Inglaterra com a passagem paga pelo The Guardian, para se encontrar com pessoas ligadas a Snowden, tudo leva a crer que nossos amigos do norte não sossegarão enquanto não conseguirem extraditá-lo (ou matá-lo).  E nesse vale-tudo de intimidações, para o espaço com as leis internacionais. 

Atingindo quem se colocar à frente do Império e seus capachos, como aconteceu recentemente quando do episódio do avião do presidente boliviano, Evo Morales, proibido de cruzar o espaço aéreo de Portugal, Espanha e França, agora, diretamente, a vítima é o estado brasileiro, personalizado na pessoa de um brasileiro simples, David, que tem contra si apenas o fato de ser namorado do jornalista receptor das informações de Snowden.


Está na hora, portanto, de uma resposta digna de país soberano.  Forte, dura, que estremeça as relações diplomáticas e faça-os parar para pensar, de verdade que, mesmo sem o poderio militar inglês ou americano, exigimos respeito.  

No fim dos anos 50, logo após a revolução cubana, um certo senhor barbudo ganhou a admiração e o respeito do mundo ao falar no mesmo tom com seus vizinhos  americanos em prol da soberania de sua pequena Ilha.  Detalhe: a distância de seu país para a Flórida é de apenas 180 km.

Não acredito ser necessário ir tão longe, mas bem que poderíamos aproveitar nosso Embaixador Antônio e dizer para que fizesse jus ao nome.    

Keep calm and carry on Sr. Patriota

Abraços sustentáveis

Odilon de Barros