terça-feira, 6 de agosto de 2013

A Siemens é sustentável e está prestando um grande serviço ao Brasil



A tentativa desesperada do Governo do Estado de São Paulo (negada a princípio pelo Ministério Público), de tomar pé da situação que envolve o aparato político que, desde o ano de 2000, comanda o estado, é apenas o ponto de partida de um monstruoso “iceberg” existente no Brasil: o da cartelização escandalosa a que nosso País está submetido quando o assunto é “grandes obras públicas”. 

A grande diferença de outras épocas e denúncias, é que agora não foi o motorista, o jardineiro ou o irmão magoado, mas uma das maiores empresas do mundo.  E a Siemens está prestando um serviço e tanto a nosso País.  Se bem soubermos conduzir o assunto, temos a oportunidade ímpar de refazer as ligações morais de nossa amada terra brasilis, perdidas desde o descobrimento. 

Aliás, a despeito do que procura passar o Governo de São Paulo, chamando para si as investigações, se não houver desvios de rota, bem possíveis nessas horas, dado os enormes interesses envolvidos, o caso pode gerar uma hecatombe no sistema político nacional, atingindo todos os poderes da República, a maioria dos políticos e todos os Estados da Federação. 

A lei das licitações em vigor, a 8.666/93, é imoral, permissiva e indecente.  Um escárnio, apesar de legal.  Urge mudá-la.  Não à toa, o que vemos nas concorrências Brasil afora, inibindo a competição e chamando de bobos, todos que delas não participam, é o figurino dos “Consórcios”, fantasia utilizada por empreiteiros para ludibriar os trouxas (nós) que, em última análise, com o pagamento de impostos, engordam suas contas bancárias.  Perdem o Brasil e o povo brasileiro.

Para equilibrar o jogo só nos resta, uma vez mais, com alegria redobrada, vestir a vitoriosa fantasia dos Anônimos que inundou o Brasil no carnaval de junho passado e, sem atravessar o samba, botar o bloco na rua fazendo um belo desfile.  Quiçá até os fazendo sambar.  Afinal, sonhar com o fim da corrupção e um Brasil sustentável, justo e feliz, não custa nada.

Abraços sustentáveis

Odilon de Barros