quarta-feira, 31 de julho de 2013

Rapidinhas sustentáveis

Triciclos Elétricos: empresa americana inova no mercado de entregas 

Os serviços de entrega em geral são feitos por motos para driblar o trânsito e economizar a gasolina. Porém as motocicletas são mais poluentes que os carros. Mas uma pequena empresa de Portland, cidade dos Estados Unidos, resolveu empreender em algo mais econômico e menos poluente. A opção foi usar triciclos elétricos para o serviço. Já pensou se as empresas brasileiras aderissem também a esta modalidade de delivery?
Fonte:EcoD

Chineses compram mais bicicletas elétricas do que carros em 2013

Nove em cada dez magrelas elétricas vendidas no mundo vão parar na China 

Fonte: EcoD
Está certo que a China ostenta o título negativo de campeã mundial de poluição, principalmente por conta da queima de carvão para geração de energia. Por outro lado, o gigante asiático também é o país que mais tem investido em sustentabilidade: líder global em energia solar e eólica, e em bicicletas elétricas…

Só para se ter ideia, os chineses já compraram mais bicicletas elétricas do que carros em 2013, segundo informou o portal Exame.com. Ao todo, foram comercializadas na China 28 milhões de e-bikes, contra 19,3 milhões de veículos de passeio. Nove em cada dez “magrelas” elétricas vendidas no mundo vão parar no país, que tem a maior população do mundo – cerca de 1 bilhão e 340 milhões de habitantes (censo de 2011).


























terça-feira, 30 de julho de 2013

Papa Sustentável


Republiquei  propositalmente o bom artigo do jornalista André Trigueiro, que admiro, intitulado “Papa fez história, mas não falou de sustentabilidade” para conversarmos um pouco sobre suas afirmações.

Fé e crenças à parte, é apenas uma outra leitura que fiz sobre o mesmo tema.  E como o assunto me apraz, explico os motivos.  

 

Quando o Papa, apesar de toda comitiva de segurança estar em carros luxuosos, preferiu andar em um modelo básico, sem ostentação, estava passando o recado que é possível, mesmo que possamos desfrutar de coisas mais requintadas, viver uma vida digna de forma simples; quando o Papa instigou jovens a irem para as ruas, contra a corrente, serem revolucionários e felizes, estava passando a mensagem de romper barreiras por um mundo melhor; quando o Papa declarou que é chegada a hora de pararmos com o consumismo desenfreado e desnecessário, estava dando o recado claro que nosso Planeta não suporta mais este modelo insustentável de ser; quando o Papa declarou que não entende como governantes  podem dormir tranquilos sabendo que existem sob sua responsabilidade cidadãos que passam fome e não têm educação, estava falando claramente em desigualdade, pobreza e falta de oportunidades, o que, também, é falar sobre sustentabilidade; quando o Papa declarou que não podemos mais viver sobressaltados com a queda de três ou quatro pontos percentuais nas bolsas de valores mundo afora, era porque enxergava ali que o foco para uma melhor qualidade de vida teria que ser o capital humano e a felicidade, não apenas seu lado financeiro.  Estava sinalizando que o importante é dar valor à vida e não ao dinheiro, o que, também, é sustentável.


Por isso, caro André Trigueiro, acredito que o que tenha sentido falta nos vários discursos do Papa seja a sustentabilidade explícita, o que concordo.  Mas não podemos ignorar, e aí discordo do título de seu artigo, que mesmo indiretamente, porém de forma bastante clara, o Pontífice tenha dado sinais que o mundo precisa mudar.  E rápido.

Se a Igreja Católica até pouco tempo atrás parecia insensível ao não ouvir a voz das ruas e vinha perdendo parte de seu rebanho, que clamava por mudanças que não ocorriam, agora, renovada após a eleição do Papa Francisco, é ela que pauta a agenda mundial ocupando espaços deixados por governos, partidos e políticos insensíveis às necessidades da humanidade.  

Semana passada li em algum periódico a entrevista de um integrante do “Anonymous” que declarou com clareza impressionante que a grande sacada do movimento são as “causas” que afligem as populações e perduram sem resolução há décadas.  São elas as grandes estrelas de hoje e reúnem multidões de pessoas mundo afora.  Disse, ainda, que a hora que as pessoas entenderem isso, será uma revolução.  Ou seja, pela ótica do movimento devemos ignorar direita ou esquerda, partidos e políticos e lutar por “CAUSAS”.

Se governos, políticos e partidos não entenderem ou não acreditarem nessa nova realidade de fazer política, corremos o risco (sustentável) de presenciar uma inacreditável aliança por mudanças na ordem econômica mundial, impensável até então, comandada por movimentos anônimos e a igreja. 

Abraços sustentáveis

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Papa fez História, mas não falou de sustentabilidade


papa4 300x203 Papa fez História, mas não falou de sustentabilidade
Foto: L’Osservatore Romano
Foi uma visita arrebatadora.
O Papa endereçou mensagens pontuais a diferentes segmentos da sociedade ao longo de toda a Jornada Mundial da Juventude.
Instigou os jovens a irem para as ruas e “fazerem confusão”, em defesa dos espaços que precisam ser ocupados por eles na sociedade.
“Sejam revolucionários. Tenham a coragem de seguir contra a corrente. De serem felizes”.
No dia dos avós, abençoou os mais velhos e criticou a exclusão a que são submetidos.
Na favela de Varginha, lembrou da generosidade de quem é pobre quando se põe “mais água no feijão”.
Em Copacabana, fez uso de outra expressão idiomática tupiniquim ao recomendar que se “bote fé, bote esperança e bote amor!”.
No Theatro Municipal, defendeu a reabilitação da política, considerada por ele uma das formas mais altas de caridade, e o diálogo permanente entre as partes conflitantes: “Entre a indiferença egoísta e o protesto violento, há uma opção sempre possível: o diálogo”.
No Sumaré, criticou o “clericalismo” e convidou o corpo da Igreja a sair da zona de conforto em favor dos necessitados e ir para as ruas.
Em resumo: o Papa disse a que veio e marcou novas e importantes posições em seu recém-inaugurado pontificado.
Revelou-se um pastor antenado com as demandas de seu tempo.
Mas para um Papa chamado “Francisco”, inspirado no poverello de Assis – o padroeiro da Ecologia – esta teria sido uma ótima oportunidade de mencionar em algum momento da Jornada a maior crise ambiental da História da Humanidade.
Não apenas por este ser um assunto de interesse da maioria dos jovens, mas principalmente pelo fato de que esta crise afeta diretamente os mais pobres.
São os pobres, miseráveis e excluídos os que mais sentirão os efeitos da escassez de água doce e limpa, da desertificação do solo, das mudanças climáticas e seus efeitos devastadores (eventos extremos, elevação do nível do mar, mudança do ciclo das chuvas, etc).
De forma indireta, o Papa defendeu questões caras ao ambientalismo quando condenou o consumismo, a cultura do descartável e do perecível, escolheu carros mais simples como meio de transporte, recebeu índios no palco do Theatro Municipal e, num gesto de simpatia, até trocou o solidéu por um cocar.
Mas, para o primeiro Papa Francisco da História da Igreja, é enorme a expectativa de que a sustentabilidade passe a estar presente de forma direta no discurso, fecundando a palavra que orienta e esclarece multidões.
Único país do mundo com nome de árvore, potência megabiodiversa, o Brasil seria o lugar ideal para que em algumas palavras, Francisco relembrasse o quanto a espécie humana depende visceralmente de um meio ambiente saudável e resiliente.
O sistema condenado pelo Papa é aquele que discrimina os mais jovens, os mais velhos e os índios, e exclui os que não têm dinheiro. Trata-se do mesmo sistema que dilapida os recursos naturais como se não houvesse amanhã, arruinando o nosso futuro comum.
Uma coisa está relacionada à outra.
Francisco tem um pontificado inteiro pela frente para a operação-desmonte desse sistema. Que aquele que lhe empresta o nome o abençoe e proteja.
* André Trigueiro

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Descaso Insustentável


Por mais que o Prefeito Eduardo Paes venha a público se desculpar e ratificar o coro da falta de preparo dos gestores que cuidam do transporte público no Rio, o que se viu ontem e hoje, 23 e 24 de julho, por conta da JMJ, é inaceitável, inadmissível e, logico, insustentável.  Para uma cidade que sediará o Mundial em 2014 e Olimpíadas em 2016, o caos só não acabou em tragédia porque as manifestações, por obra e graça dos céus, estão dando um tempo. 



Não estamos preparados para eventos dessa natureza, definitivamente, não.   O que vi na saída do trabalho e volta pra casa foi estarrecedor sob todos os pontos de vista.  A começar pelo tempo que levei para chegar em casa: 3 horas e meia.  Saí do trabalho e senti imediatamente um clima  estranho, com pelo menos duas ou três vezes a mais o número de pessoas na rua do que vejo nas ruas, cotidianamente.  Fui para o ponto do ônibus e pensei: hoje teremos mais transporte pois, além do número normal de trabalhadores, têm peregrinos indo para a missa inaugural da Jornada, para o encontro no hospital do Papa com a população.  E o ponto do BR3, na Av. Rio Branco, só enchia e nada.  Ontem e hoje.

Após vinte e cinco minutos, eis que surge o esperado “309”, e uma multidão corre para entrar.  Já saímos do ponto com gente saindo pela janela.  Ligo o rádio e fico sabendo que todas as linhas do Metrô acabavam de ser fechadas (hoje fechou a da São Francisco Xavier).  A essa altura o trânsito já era catastrófico.  Com as entradas de Copacabana fechadas, os únicos acessos para a Barra eram a Lagoa e Botafogo, ou então, Linha Amarela ou Alto da Boa Vista, para quem estava de carro.  A cada ponto mais peregrinos entravam.  O rádio avisava para ninguém ir para as estações de trem. 

Legiões de pessoas com bandeiras, camisas, sotaques, brancos, pretos, amarelos, entravam e saíam do meu coletivo, se revezando como se a cidade fosse uma só festa.  E aí pergunto:  à parte o problema do Metrô, que por si só já tornava a cidade com sua capacidade esgotada, será que nossos secretários de transportes, Prefeito, Governador, todos, não imaginaram que o Rio estaria recebendo cerca de um milhão de pessoas extra nesta semana?  Mais, ao imaginar isso ( se é que eles imaginam alguma coisa), não seria o caso de ordenar a quem de direito para colocar toda a frota de coletivos na rua durante esse período?

Fica a certeza de que, de verdade, não estamos preparados, não estamos passando no  teste do transporte público, pois, além do péssimo cartão de visitas dado quando da chegada do Papa ao Rio, onde, declaradamente, o Sr. Secretário Carlos Osório afirmou não ter conhecimento prévio do caminho tomado pela caravana Papal, agora vimos que o caos está instalado. 

Pra quem acredita em milagre, fica a torcida.

Abraços sustentáveis



Rapidinhas (in)sustentáveis


Um dia sem comer carne

Exemplares de gado Holstein submetidos a criação intensiva. Foto: Bigstock
Cidade do México, México, 22 de julho de 2013 (Terramérica).- O décimo primeiro mandamento poderia ser: “não comerás carne… pelo menos um dia por semana”. Esse objetivo, modesto em um mundo cada vez mais carnívoro, é buscado por um movimento que ganhou força nos Estados Unidos em 2003 e que se estende lentamente na América Latina, com presença no México, Panamá e Brasil.

“É uma ferramenta para convidar as pessoas a variarem, de forma simples, sua dieta e diminuir o consumo de carne”, disse ao Terramérica a presidente do capítulo mexicano do Segunda sem Carne, Ana Arizmendi. “E chega em um momento muito conjuntural: o país tem uma crise de saúde pública, e tanto os indivíduos como as instâncias políticas e privadas estão muito receptivas a se abrirem a alternativas saudáveis”, acrescentou. Esse problema é a obesidade.
Por Emidio Godoy


Boff: Este é o Papa da ruptura

Em entrevista à DW Brasil na sua casa em Petrópolis (RJ), o teólogo elogiou Francisco, afirmando que ele é o papa da ruptura. “Essa é a palavra que Bento 16 e João Paulo 2º mais temiam. Eles acreditavam que a igreja tinha que ter continuidade”, avaliou Boff.

O teólogo, um dos expoentes da Teologia da Libertação, disse acreditar que Francisco vai falar sobre os recentes protestos no Brasil. “Ele fez uma declaração corajosa em Roma, dizendo que os políticos têm que escutar os jovens na rua; que a causa dos jovens é legítima, justa e que estaria em conformidade com o evangelho.” Por Astrid Prange

WWF incentiva Papa a incluir defesa da Amazônia na JMJ

O WWF felicita o Papa Francisco por ter juntado sua voz influente ao crescente número de líderes religiosos em todo o mundo que reconhecem a necessidade de se viver em harmonia com a natureza.

“O respeito do Papa Francisco pela natureza e seu forte apelo em prol do desenvolvimento sustentável têm marcado seu pontificado desde o primeiro momento. Conforme indica sua opção por um nome que homenageia São Francisco de Assis, o Pontífice nos trouxe muita esperança de que seja um mensageiro global da proteção ambiental em todo o mundo,” afirmou Dekila Chungyalpa, diretora do programa Terra Sagrada. Por WWF Brasil