terça-feira, 18 de junho de 2013

E Agora 2...propostas

É, o digital virou real, o elefante descobriu que estava amarrado com barbante e está solto! Mas com quem dialogar? O povo está nas ruas e o governo não tem com quem falar.  



Em Porto Alegre, agora pela manhã, o governador mandou mensagem à assembleia legislativa do estado propondo a redução das tarifas.  Quem propõe menos?  O importante é não desmobilizar agora.  Recebo mensagens de convocação para nova passeata, quinta, dia 20.  Meta: 1 milhão de pessoas. 

A onda de protestos que tomou conta do país e que recebe manifestações de apoio em várias capitais nos quatro cantos do Planeta parece que é o início de uma grande mobilização, saudável e justificável por tudo que vem ocorrendo no país nos últimos anos. 
E, mesmo que recriminemos o quebra-quebra e invasões à Assembleia Legislativa do Rio e ao Palácio do Planalto, os atos são simbólicos por se tratarem de casas conhecidas como de representantes do povo.  Está claro o recado:  parem com a roubalheira, nos respeitem, a farra acabou!!!
Representantes dos estudantes, a UNE, dos sem-terra, o MST, e das esquerdas, o PT, em um passado recente, desapareceram das ruas e dos movimentos.  Agora no poder, não precisam mais do povo, estão com medo dele ou não se sentem mais seus representantes?  A resposta, as urnas de 2014 dirão.
Mesmo que o movimento ainda não tenha cara nem líderes, está na hora de propostas concretas aterrissarem sobre as mesas de negociação.  Se captei bem as mensagens dos cartazes e cânticos entoados desde o início das manifestações, poderíamos sugerir, que tal:
- transportes públicos de qualidade para todos ao invés de incentivos estúpidos que atendam apenas a grandes montadoras de veículos que já não conseguem sobreviver em suas matrizes devido à necessidade crescente de um planeta cada vez mais sustentável;
- arquivamento ou rejeição definitivo da PEC 37;
- aprovação do voto facultativo.  Talvez assim a classe política comece a entender o povo e a respeitá-lo mais;
- Saúde pública de qualidade.  Aprovação de recursos da ordem de 10% do orçamento pelo legislativo;
- Educação de qualidade.  Aprovação de recursos da ordem de 10% do orçamento pelo legislativo;
- Criminalização da corrupção como crime hediondo com aprovação pelo congresso de lei a ser enviada pelo executivo.

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